quarta-feira, 17 de junho de 2015

Meu ridículo consumado: TEORIA

Quando eu era pequena minha mãe sempre falava para largar mão de certas coisas, que brincar na rua, jogar futebol com os meninos, brincar de pega-pega ou esconde-esconde, queimada, pezinho é meu, e alguns outros, seriam coisas que me trariam o joelho arranhado, cotovelo machucado, ou algo assim.
Deus queira me perdoar, mas foi uma das únicas coisas que não obedeci. Eu nunca me importei com o joelho, ele já é feio por natureza, e vê-lo sangrando ou machucando enquanto ela cuidava de mim, era a coisa mais linda que eu poderia pedir diariamente.
Então brinquei sem ter medo de me machucar, porque acreditei que ser criança era a melhor coisa que poderia ser! E eu estava certa. Hoje eu vejo meus joelhos com algumas marcas, com cicatrizes que não sei da onde vêm, algumas outras me lembro de muito bem, cada história, cada dia, cada marca que nunca vou esquecer.
Aquele tempo bom de apenas saber o quanto estar com meus amigos, levar milhares de arranhões e no mesmo dia voltar pra brincar, era a melhor coisa do mundo. Só que crianças crescem, mas não abandonei a minha criança, ela existe e vive ainda em mim. Talvez eu seja um pouco madura, um pouco experiente; E lembrar a infância me fez fazer algumas linhas do meu presente, o joelho é como a vida, não deixaremos de usá-la por medo de cair não se tem medo de que fiquem as marcas, ela é bonita de qualquer jeito. Quem não cai, não vive. Então de que vale uma bonita e limpa imagem de um “joelho” sem marcas?
Mas saber que as cicatrizes um dia se fecham e tornam-se apenas marcas, a qual muito tempo atrás não sabemos que nome dar para aquilo, além de chamá-las de “feridas”, a qual hoje podemos chamar de experiência.
Eu ainda sinto o cheiro da minha infância!

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